Barbarismo
Barbarismo, peregrinismo ou estrangeirismo (para os latinos qualquer estrangeiro era bárbaro) é o uso de palavra, expressão ou construção estrangeira no lugar de equivalente vernácula.De acordo com a língua de origem, os estrangeirismos recebem diferentes nomes:
- galicismo ou francesismo, quando provenientes do francês (Pais de Gália, antigo nome da França);
- anglicismo, quando do inglês;
- castelhanismo, quando vindos do espanhol;
- Mais penso, mais fico inteligente (galicismo; o mais adequado seria "quanto mais penso, (tanto) mais fico inteligente");
- Comeu um roast-beef (anglicismo; o mais adequado seria "comeu um rosbife");
- Eles têm serviço de delivery. (anglicismo; o mais adequado seria "Eles têm serviço de entrega").
- Premiê apresenta prioridades da Presidência lusa da UE (galicismo, o mais adequado seria Primeiro-ministro)
- Nesta receita gastronômica usaremos Blueberries e Grapefruits. (anglicismo, o mais adequado seria Mirtilo e Toranja)
- Convocamos para a Reunião do Conselho de DA's (plural da sigla de Diretório Acadêmico). (anglicismo, e mesmo nesta língua não se usa apóstrofo 's' para pluralizar; o mais adequado seria DD.AA. ou DAs.)
- Irei ao toilette (galicismo, o mais adequado seria Banheiro).
Em nível pragmático, o barbarismo normalmente é indesejável porque os receptores da mensagem frequentemente conhecem o termo em questão na língua nativa de sua comunidade linguística, mas nem sempre conhecem o termo correspondente na língua ou dialeto estrangeiro à comunidade com a qual ele está familiarizado. Em nível político, um barbarismo também pode ser interpretado como uma ofensa cultural por alguns receptores que se encontram ideologicamente inclinados a repudiar certos tipos de influência sobre suas culturas. Pode-se assim concluir que o conceito de barbarismo é relativo ao receptor da mensagem.
Em alguns contextos, até mesmo uma palavra da própria língua do receptor poderia ser considerada como um barbarismo. Tal é o caso de um cultismo (ex: "abdômen") quando presente em uma mensagem a um receptor que não o entende (por exemplo, um indivíduo não escolarizado, que poderia compreender melhor os sinônimos "barriga", "pança" ou "bucho").
Nenhum comentário:
Postar um comentário